Retirada de radares da RJ-106 após contrato acabar
O Departamento de Estradas de Rodagem começou a retirar os radares de trânsito das rodovias estaduais do Rio de Janeiro após o encerramento do contrato com duas empresas que locavam parte dos equipamentos ao órgão estadual.
Entre as rodovias afetadas, estão as RJ-104, que liga Niterói a São Gonçalo; RJ-106, que vai de São Gonçalo até Macaé; e RJ-116, de Itaboraí à Macacu. O contrato com a empresa Talentech Tecnologia Limitada foi firmado em 2018 e passou por dois termos aditivos até se encerrar na segunda-feira (26).
Na época, a escolhida arrematou o Lote 1 e ficou responsável pela locação de parte dos equipamentos. Ao todo, o custo foi de mais de R$ 25 milhões e 897 mil. Ao mesmo tempo, o contrato com a Eliseu Kopp e Cia Limitada também se encerrou no dia 12 de maio. O valor total do lote foi de R$ 28 milhões e 884 mil.
No entanto, a licitação que definiu a nova empresa prestadora dos serviços ainda não foi totalmente finalizada. O contrato com o Consórcio Sinape Sinlletech vai ser firmado pelo valor de R$ 67 milhões e 226 mil por 30 meses.
Enquanto isso não acontece, as rodovias estaduais vão permanecer sem radares, o que causa preocupação de motoristas e moradores de municípios que passam pela RJ-104 e RJ-106.
Em maio, a concessionária Rota 116, que mantém e opera a rodovia RJ-116 enviou um ofício à Polícia Militar para pedir apoio nos pontos de travessia de pedestres próximo às escolas, já que os radares eletrônicos já estavam sendo removidos, em virtude do vencimento do contrato antigo.
Segundo a empresa, a retirada eleva “o risco de excesso de velocidade nas áreas escolares, comprometendo a segurança dos alunos, professores e demais usuários”.
O processo licitatório tinha sido publicado em Diário Oficial em agosto do ano passado, mas foi adiado sem data definida no mês seguinte. Na ocasião, o DER estava impedido de realizar novas contratações pelo Tribunal de Contas do Estado.
A licitação foi realizada em março deste ano com a desclassificação da Talentech Tecnologia e escolha do Consórcio Sinape Sinlletech.
